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Encontro de Gestores

Saiba o que aconteceu no 1º Encontro de Gestores da Panificação!

Escrito por Avanço Informática | 02/12/2021
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Tempo de leitura: 6 minutos

No dia 23 de novembro, aconteceu, no Hotel Ouro Minas, o 1º Encontro de Gestores da Panificação, evento que contou com palestras de grandes nomes da área e reuniu mais de 150 panificadores de Belo Horizonte e região metropolitana. 

Saiba o que aconteceu no 1º Encontro de Gestores da Panificação!

 

Realizado pela primeira vez, a abertura do Encontro de Gestores da Panificação ficou a cargo do Vinícius Dantas, presidente da AMIPÃO, que introduziu os assuntos que seriam tratados nas palestras, como o mercado no pós pandemia e o que o panificador pode fazer para evitar os danos. 

Separamos alguns tópicos para que você fique por dentro dos principais temas abordados no evento!

TD nas padarias, o que é e como começar?

A primeira palestra ficou a cargo do Gabriel Junqueira, diretor da Avanço Informática, que abordou o tema da Transformação Digital nas padarias e começou nos questionando sobre qual o lugar da TD no segmento da panificação. 

Segundo o especialista, a TD pressupõe fundamentos e acontece pelo desenvolvimento de cultura digital, potencializado pela mudança de comportamento das novas gerações, Millenials e Z. Ou seja, a tecnologia é só um catalisador dessas mudanças, mas como o varejo entra nisso?

Gabriel apontou 3 questões essenciais para a TD:

1 – Integração dos ambientes online e offline, que envolve Omnicanalidade, E-commerce, App de vendas e Marketplaces (ifood, Rappi, etc); opções de compra e entrega, como Scan n’ Go, Take away, BOPIS (compre online e retire na loja), Lockers; e comunicação digital e em linha com todos os canais, como Redes Sociais, WhatsApp, Site, e-mail e SMS.

2 – Experiência e fidelização, que tem como exemplos a utilização de self sheckouts e outras tecnologias para a automatização do atendimento e diminuição de atrito no PDV; ​​ações como promoções exclusivas para determinados consumidores (Personalização/CRM/APP); ofertas de alimentação fora do lar (Refeição, Kits de receita, Pizzas e Saladeira); e investimento nos perecíveis com frescor e qualidade (Hortifruti, Açougue e Padaria).

3 – Inovação, velocidade e mobilidade, englobando integrações com soluções especialistas; utilização de inteligência de dados para tomada de decisão; digitalização das operações com mobilidade e mudança cultural da força de trabalho, a gestão precisa ser baseada em um propósito.

Produção focada em rentabilidade: quando produzir, terceirizar ou retirar o produto do cardápio?

A segunda palestra foi o case de sucesso da rede de padarias Ping Pão, em Belo Horizonte, que realizou diversas ações de gestão, conseguindo aumentar a rentabilidade das lojas mesmo com a redução e terceirização de parte do Mix de Produtos. 

É importante salientar que a redução do mix não acontece do dia para a noite e não pode ser feita com qualquer produto, é necessário um estudo para saber quais são os produtos e serviços que não fazem sentido. É uma gestão estratégica que envolve testes, desde o ajuste do tamanho da receita e do produto, do custo da receita, das sobras e perdas para entender se vale a pena continuar ou não com o item. É necessário analisar a Curva ABC de vendas, compras, perdas e de matéria-prima para só assim tomar a decisão. 

Diversos itens que o panificador não enxerga como custo fazem uma grande diferença no final do mês, como as embalagens e enfeites de confeitaria. Até uma simples mudança de  formato do produto, do redondo para o retangular, por exemplo, pode diminuir o seu custo com as embalagens, outro passo fundamental é a padronização, que garante o peso de corte e a rentabilidade de cada produto a ser vendido embalado. 

Um ponto da padaria é que alguns dos produtos fabricados são uma questão de apego, mas esses produtos podem não gerar uma rentabilidade, então qual o objetivo para eles continuarem no mix?

A terceirização também precisa ser olhada como uma possibilidade, é necessário reconhecer quando um produto gera um custo maior do que sua venda, como os que possuem baixa produtividade ou demandam mão de obra especializada.

Além disso, todos os processos precisam obedecer uma liderança e existem algumas formas de se fazer essa gestão. Você pode optar, por exemplo, em dividir por setores e cada funcionário fica responsável pelo seu setor. Isso precisa de treinamento, nada pode ser feito sem comunicação e alinhamento. Uma dica é começar com um setor pequeno ou que esteja mais organizado e depois expandir para as demais áreas da padaria.

Como a tecnologia facilita a análise de dados para tomadas de decisões

A terceira palestra foi comandada pelo Guilherme Gallo, Vice-presidente da AMIPAO. Segundo o especialista, a padaria depende e demanda muito do panificador, impedindo que o mesmo se afaste das operações, impossibilitando ações rotineiras de lazer, como férias. 

Além disso, as informações da padaria normalmente são todas centralizadas no gestor, que guarda todas as informações e receitas na cabeça, fazendo com que, muitas vezes, decisões estratégicas sejam tomadas de forma instintiva.

Hoje, já existem ferramentas que podem amenizar, auxiliar e aprimorar a gestão de uma padaria. Os dados são a matéria-prima para a informação, a ferramenta de gestão captura esses dados automaticamente e transforma esses dados em informação para a tomada de decisões. Muitas dessas informações ficam disponíveis em gráficos gerados automaticamente e atualizados em tempo real nos painéis de resultados dos sistemas. 

Um exemplo, a troca de preço em um produto faz você ganhar ou perder vendas? Você vai saber a resposta analisando os dados fornecidos, que disponibiliza uma informação dinâmica por departamento. Assim, você pode avaliar onde ganhou ou perdeu venda. 

Gestão de cliente: Fidelização, aumento de frequência e de ticket médio com apoio da tecnologia

Esse foi o tema apresentado pelo Fábio Holmes, diretor de vendas da Mercafácil, que trouxe questões importantes para o setor de panificação, como:

Como vou atualizar meu negócio, qual estrategia de marketing e vendas vou usar no meu negócio?

Qual a maneira mais eficiente de trazer mais clientes pro meu negócio?

Quando ele está na loja, como faço ele gastar mais? Como faço para ele não comprar no meu concorrente?

Após um contexto histórico, o palestrante afirma que com a criação da primeira loja de varejo, em 1940, o marketing nasceu e, assim, a indústria, através de estratégias de marketing, passou a ditar o consumo. 

Já nos anos 90, com a massificação e o início da tecnologia, estratégias baseadas em  público alvo, gênero, idade e classe social passaram a ser utilizadas. 

Hoje, com o avanço da tecnologia e com a presença dessa em quase todas as casas, nos transformamos em seres digitais, onde é possível fazer absolutamente tudo com base em dados. Assim, os dados estão disponíveis, usa quem quer, quem tem ferramentas. 

Por isso, é muito importante entender o comportamento do seu consumidor. Qual a marca, a frequência, a data que ele gosta de consumir?

O consumidor mudou a forma de interagir com o seu negócio, ele quer ser chamado pelo nome, receber anúncios específicos e direcionados apenas para ele. Adquirir um novo cliente custa de 5 a 7 vezes mais do que manter o existente. 

É preciso identificar comportamentos e entender que o consumidor muda de comportamento sempre. Por exemplo, um solteiro depois que casa muda esse comportamento e as compras e interesses também ficam diferentes. 

A solução é entrar no ciclo evolutivo digital e trabalhar os dados do seu consumidor. A experiência não está só na loja física, tem que estar também no digital. 

As mudanças do perfil de consumo pós-pandemia e tendências para 2022

Ainda no tema de mudança no perfil de consumo, quem também esteve presente no 1º Encontro de Gestores da Panificação foi o Daniel Souza, líder da área de Desenvolvimento de Novos Negócios da Nielsen. 

O especialista afirmou que a mudança de comportamento do consumidor, que já vinha se modificando com a internet e dispositivos móveis, foi potencializada pela pandemia da Covid-19 e da situação econômica atual do país, o que interfere diretamente no varejo, já que ele é transformado pelo contexto econômico.

Assim, entra em cena o consumidor mais cauteloso, com a inflação batendo a porta. Um exemplo foi a volta dos atacarejos, mas é importante pensar até quando esse modelo vai continuar atrativo.

Outra tendência é que o consumidor está com medo, incertezas, teve quebra na renda. Ele voltou  a fazer a comida em casa e a buscar por produtos mais saudáveis, como frutas, verduras e legumes, e por produtos congelados, pela praticidade. Os produtos de indulgência, que pensamos que não devemos, mas merecemos comer e que são amplamente explorados nas padarias, também tiveram um aumento expressivo, como os doces que ficam na frente do caixa, chocolates importados e cafés diferentes. 

Venda de pão online: Como levar sua padaria para o e-commerce?

Por fim, a última palestra contou com a apresentação do Lucas Camargo, fundador da Instabuy. 

Segundo Lucas Camargo, as vendas de pão online aumentaram 22% em 2021 e no Brasil mais de 600.000 empresas  já aderiram o modelo de vendas “everyday spending” onde o cliente gasta dinheiro todos os dias através de um canal on-line (app’s). 

Novamente, a pandemia e a tecnologia corroboraram para a mudança de comportamento do consumidor. Antes as gerações mais novas já se identificavam com o modelo de venda online, mas a pandemia fez com que outras gerações, como os Boomers também aderissem ao formato, já que eram os que tinham mais risco de saúde na pandemia e, assim, maiores restrições para sair de casa. 

As novas gerações, criadoras do “cancelamento”, precisam de um esforço maior para se tornarem fiéis a uma marca ou produto. 

As vendas online nas padarias fornecem uma solução para todas essas questões, além de você poder proporcionar ofertas exclusivas para determinados clientes em datas especiais ou de acordo com suas demandas e entregas programadas. 

A venda de pão online é o caminho para aquele que quer não só fidelizar, mas também expandir os negócios. 

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