Não há como negar que a adoção de pagamentos móveis e serviços bancários está ganhando velocidade.
Quase 77% dos consumidores já usaram pelo menos um serviço de pagamento digital. À medida que os consumidores embarcam nesse modelo, o mesmo ocorre com os comerciantes.
Em dezembro de 2017, cerca de um terço dos varejistas norte-americanos já aceitavam pagamentos de clientes por meio de métodos como Android Pay e PayPal, enquanto a última possuía 200 milhões de contas ativas.
Por mais impressionante e promissor que pareça, não é nada comparado à enorme popularidade do pagamento móvel e dos bancos na China.
As transações de pagamento móvel no país atingiram um recorde de 81 trilhões de yuans (cerca de US $ 12,8 trilhões) de janeiro a outubro de 2017, superando os estimados US $ 49,3 bilhões em transações de pagamento móvel nos Estados Unidos no mesmo ano.
Alimentados pela aceitação quase universal de pagamentos móveis e disseminação do uso de smartphones, os principais aplicativos de pagamento móvel na China – Alipay e WeChat Pay – se expandiram rapidamente e construíram plataformas formidáveis que se integram a todos os tipos de oportunidades de comércio eletrônico e serviços off-line, como aplicativos de carona, compras, agendamento de consultas e pagamento de compras.
A cobertura abrangente impulsiona ainda mais a mudança de comportamento, levando um grande número de consumidores a olhar além dos cartões de crédito e aceitar o pagamento móvel como método de pagamento padrão na vida cotidiana.
As pessoas se engajaram no comércio para trocar bens e serviços por pagamento ao longo dos tempos. Essas transações financeiras nem sempre envolviam pagamentos monetários.
Houve um tempo em que o dinheiro padrão nem existia e as pessoas utilizavam outras formas de pagamento para realizar transações.
Descubra:
A troca era uma maneira vantajosa de trocar bens e serviços para as pessoas há muitos anos, porque permitia que ambas as partes obtivessem o que precisavam. Por exemplo, duas partes podem trocar ferramentas de serviços para atender às necessidades de ambos. O gado também era considerado uma riqueza que as pessoas podiam acumular. Quanto mais vacas ou ovelhas alguém possuía, mais rico era.
Civilizações antigas costumavam usar contas e conchas como moedas. Eventualmente, eles começaram a usar metais preciosos para fazer moedas. As pessoas da antiga civilização da Lídia, localizada na porção ocidental da antiga Ásia, foram as primeiras a usar moedas feitas de ouro e prata. Essa moeda era valiosa e facilmente transportável.
O couro era outro material usado como moeda. As pessoas na China antiga utilizavam pele para as notas. As notas eram grandes em comparação com as utilizadas hoje.
Eventualmente, os chineses desenvolveram papel-moeda. As civilizações lutaram para determinar e manter o valor do papel-moeda. Além disso, os desafios surgiram tanto na forma de inflação quanto na produção da moeda. O papel-moeda entrou e saiu de uso durante alguns períodos da história antiga.
A Inglaterra estabeleceu o ouro como seu padrão de valor em 1816. Após esse evento, a Europa começou a apoiar as notas bancárias com o padrão ouro. Isso significava que o valor de qualquer moeda era determinado estabelecendo seu valor em ouro. Os Estados Unidos seguiram o exemplo em 1900. Antes dessa época, tanto o ouro quanto a prata eram usados como dólares.
Os consumidores começaram a desfrutar de crédito de varejistas durante o século XX. Alguns varejistas, como lojas de departamentos e postos de gasolina, começaram a criar cartões de crédito individuais para emitir aos consumidores.
Esses cartões foram criados para tornar o dinheiro de gastos mais conveniente para as pessoas. O Diner’s Club foi o primeiro cartão de crédito real, que deu aos consumidores a possibilidade de comprar refeições em vários restaurantes localizados na cidade de Nova York.
Com o surgimento da Internet nos anos 1990, as compras online entraram em cena. Os consumidores abraçaram a capacidade de examinar a Internet e fazer compras.
Dados históricos comuns sugerem que a Pizza Hut pode ter sido um dos primeiros varejistas a executar uma transação de comércio eletrônico. A empresa começou a permitir que as pessoas pedissem pizza em seu site já em 1994.
Com a evolução da tecnologia, dinheiro e pagamentos mudaram drasticamente. A tecnologia atual de processamento de cartão de crédito e as soluções de negócios avançadas tornam as transações financeiras possíveis a quase qualquer hora e em qualquer lugar.
A Coca-Cola recebe crédito por oferecer a primeira transação de pagamento móvel em 1997. O varejista de bebidas criou máquinas de venda automática especiais que permitiam aos consumidores pagar por suas bebidas enviando mensagens de texto de dispositivos móveis.
Desde então, os pagamentos móveis dispararam em popularidade. Agora, mais pessoas do que nunca estão utilizando esse modelo, e mais comerciantes podem aceitar pagamentos em qualquer lugar, sem estar vinculado a uma caixa registradora.
A perda de relacionamento com o cliente devido à desintermediação não é a única ameaça que os bancos e empresas de cartão de crédito enfrentam.
Como acontece com muitas grandes invenções humanas, a conveniência é o principal motivador por trás das inovações em pagamentos e, ao longo da história, os pagamentos sempre foram planejados para se tornarem cada vez mais simples.
Mudamos de um sistema de troca para o uso de dinheiro, depois para cheques pessoais, depois para cartões de plástico e agora para aplicativos de smartphones, tudo porque estamos sempre procurando uma maneira mais rápida e fácil de concluir transações. E agora, além do celular, o pagamento está se preparando para desaparecer em segundo plano e se tornar invisível, com as compras através dos aplicativos.
O Open Banking é a prática de compartilhar informações financeiras eletronicamente, com segurança e apenas sob condições aprovadas pelos clientes.
As interfaces de programação de aplicativos (APIs) permitem que os TPPs acessem informações financeiras de maneira eficiente, o que promove o desenvolvimento de novos aplicativos e serviços. Idealmente, o banco aberto deve resultar em uma experiência melhor para os consumidores.
Já o PIX é um sistema de pagamentos instantâneos brasileiro que promete revolucionar o mercado trazendo facilidade para os consumidores. Anunciado em fevereiro pelo Banco Central, o sistema tem previsão para estar em funcionamento em novembro deste ano e pretende diminuir a circulação do papel-moeda no país e facilitar as operações financeiras, com uma previsão de concluir transferências bancárias em apenas 10 segundos.
À medida que as empresas continuam a apresentar produtos e serviços digitais que eliminam os bancos e mudam o comportamento de pagamento, os varejistas têm muito a fazer para manter o relacionamento com o cliente que cultivaram e alavancar isso para fazer uma transição harmoniosa de seus serviços para melhor lidar com os pagamentos cada vez mais móveis e automatizados.
Em primeiro lugar, os varejistas precisam perceber que, embora o ecossistema de pagamento digital, tal como está, ainda seja muito construído sobre o sistema financeiro existente, a ameaça do pagamento 100% online precisa ser levada a sério.
É verdade, porém, que os consumidores de hoje ainda precisam de uma conta bancária ou cartão de crédito para se inscrever na maioria dos serviços de pagamento digital – e mais de 45 milhões de brasileiros ainda são desbancarizados -, mas perder seu ponto de contato direto com o consumidor e ceder o controle sobre a experiência do cliente significaria problemas para qualquer empresa voltada para o consumidor.
Mas isso já não é mais a realidade de alguns métodos, como na solução Sled Troco, um dos produtos desenvolvidos pela Sled.
Com a Sled Troco, é possível depositar o troco através do CPF do cliente. Além disso, por meio do app da Troco Simples, a wallet digital da Sled, há também a possibilidade do cliente juntar saldo suficiente no cadastro para pagar a compra.
Outro exemplo, mas que ainda tem a necessidade da utilização do cartão de crédito, é a loja de conveniência Amazon Go, sem caixa, da Amazon, promete uma experiência de compra totalmente automatizada, usando visão computacional e aprendizado de máquina para permitir que os clientes “pulem” a fila do caixa e, literalmente, “pegue e vá”.
Com a ajuda da IA, um sistema de checkout automatizado como este reduz o ato físico de pagamento na loja para simplesmente tocar em um botão de confirmação em seu telefone quando você estiver fora da loja.
Os métodos de pagamento tradicionais não vão desaparecer do dia para a noite, mas isso não significa que eles podem simplesmente descansar sobre os louros. Para sua empresa se manter competitiva, é necessário acompanhar as mudanças de comportamento dos consumidores e dos métodos de pagamento.
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E para saber mais sobre meios de pagamento e como o brasileiro faz uso do dinheiro, confira neste infográfico da Sled. Baixe agora e confira tudo sobre o assunto!
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