A falta de moedas para troco é um dos maiores gargalos do varejista na atualidade. Independente da forma como você resolve no seu negócio, o problema impacta de várias maneiras. Seja fila para o cliente, questões legais, produtividade ou segurança de sua empresa.
Neste artigo, entenderemos de que forma se dão esses impactos. E, também, quais são os riscos da falta de moedas para troco no varejo.
Em 2017, o Banco Central estimou que 35% das moedas produzidas no Brasil desde 1994 estão fora de circulação. Isso significa que R$ 1,4 bilhão em moedas está guardado. Ao mesmo tempo, há um custo alto para a produção delas. Uma moeda de R$ 0,05, por exemplo, tem um custo de R$ 0,31. Ou seja, a realidade é algo que o varejista observa bem: a conta não fecha e as moedas não chegam.
Não há dúvidas de que equipamentos no checkout (ponto de venda) melhoram a produtividade de sua equipe e influenciam na experiência do seu cliente. Para o consumidor da atualidade, que tem se interessado muito por e-commerce e experiências online, problemas com fila na loja física podem ser decisivos.
Automatizar seu PDV é muito importante. Mas questões básicas como troco também podem influenciar na experiência negativa e dificultar a fidelização. Quando faltam moedas para troco no checkout, a fila para. Situações assim são inadmissíveis para o consumidor de hoje, principalmente porque a tecnologia os tornou mais exigentes e imediatistas.
No pequeno varejo, onde há uma quantidade menor de frentes de caixa, o operador costuma sair do PDV e ir até outro para pedir moedas. Nas lojas maiores, costuma-se disparar um aviso que direciona o supervisor até o PDV para resolver a situação. Independentemente do processo e tamanho do supermercado, as duas situações atrasam o atendimento do cliente. Elas congestionam a região da frente de loja e impactam as vendas.
O somatório dos recebimentos não bate com o total das vendas no final do dia? Esse fenômeno é chamado de quebra de caixa. A notícia ruim é que ele pode impactar diretamente o resultado da sua loja.
Entenda mais sobre a quebra de caixa e a saúde financeira da sua loja.
Basicamente, o fechamento de caixa se resume a fazer uma conferência com o que entrou no caixa (dinheiro e outras modalidades, como cartões e vales), com as vendas e as saídas – como o troco e a sangria.
Se ao final do fechamento das vendas, há a diferença de valores, bem-vindo à quebra de caixa. Ela está relacionada, normalmente, a erros operacionais, enganos relativos à transações de valores monetários e arredondamento (para mais ou para menos) do troco.
Na falta de moedas para troco, o arredondamento costuma ser a principal solução. Entretanto, ele acaba impactando no fechamento de caixa, como citado anteriormente.
Apesar da prática de devolver troco em produtos para o cliente ser muito comum, é necessário lembrar que a famosa balinha como troco é uma prática ilegal, prevista pelo Art. 39 do Código de Defesa do Consumidor.
Ainda no mesmo Artigo, é esclarecido que na falta do troco correto para venda de produto com valor fracionado, o preço deve ser arredondado para baixo até que seja possível devolver troco para o consumidor. Ou seja, no caso de uma venda fechada em R$ 3,99, e na falta de R$ 0,01 para troco, o correto com o consumidor seria arredondar até, por exemplo, R$ 3,95, quando uma moeda em caixa de R$ 0,05 poderia ser entregue.
Na prática, o que normalmente ocorre é o arredondamento para cima, quando o cliente sai sem seu troco por ausência de moedas. Essa situação é considerada abusiva pelo Código de Defesa do Consumidor e pode ser prevista como enriquecimento sem causa. Afinal, de pouco em pouco, o arredondamento pode significar um aumento de lucro da loja.
Já foram consideradas, neste artigo, as paradas dos operadores de caixa para a solicitação de moedas em meio à sua jornada. Há também outras mobilizações para se conseguir, conferir e organizar as moedas para troco que chegam em sua loja.
Como gestor, você precisa lembrar que é pouco produtivo para o seu negócio que o gerente da sua loja gaste tempo de trabalho com a conferência das moedas que chegam.
Muitas vezes os funcionários gastam grande parte do tempo dispensando o lacre dos montes de moedas recebidos e conferindo os valores. Esse é um verdadeiro exemplo de ineficiência operacional, já que esse tempo poderia ser melhor aplicado em processos e gestão de pessoas, por exemplo.
Outro exemplo é que seu negócio costuma encaminhar funcionários para as redondezas da sua loja em busca de moedas no comércio local. Mais uma vez este tempo poderia ser melhor aproveitado, inclusive, de forma mais segura.
Saiba como calcular o custo de troco da sua loja, de forma precisa e prática.
A falta de troco no varejo impacta a produtividade da loja, a satisfação do cliente e o resultado do seu negócio.
As filas param e o atendimento ao cliente fica prejudicado. Muitas soluções comuns, como troco em balinha ou arredondamento, são contra o Código de Defesa do Consumidor. Além de causarem insatisfação nos clientes. E a mão de obra dos seu funcionários acaba sendo mal aplicada em processos de coleta, conferência e organização das moedas para troco.
Tudo isso resulta em uma ineficiência operacional e a grande questão é: afinal, como conseguir troco? No próximo artigo vamos apresentar as formas mais utilizadas e as melhores práticas para o varejo.
E se você quiser saber mais sobre como conseguir moedas para troco no seu varejo, baixe este material da Sled e confira 6 dicas infalíveis!
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