O 8º Encontro de Gestores, evento referência em boas práticas para os supermercadistas, realizou mais uma edição no último dia 25 de junho. Este ano, inovando mais uma vez, os assuntos abordados foram escolhidos pelos próprios supermercadistas na pesquisa anual do InfoVarejo, que permitiu com que o varejistas escolhessem o que queriam ouvir no 8º Encontro de Gestores. Foi um dia inteiro dedicado às palestras, cases de sucesso e network de alto nível, propiciando aos participantes um momento de muito aprendizado para o seu negócio.
Descubra:
Na abertura, Gabriel Junqueira, Diretor da Avanço Informática, abriu o evento falando sobre os temas que seriam abordados e seus respectivos palestrantes. Além disso, Gabriel falou sobre o portal Infovarejo, o maior portal do varejo da internet. A ideia do Infovarejo é levar até o varejista informações e conhecimento que podem facilitar o seu dia a dia. Depois de Gabriel, Adilson Badaró, gerente de atendimento da Avanço, fez um reforço sobre a base de conhecimento da Avanço Informática, onde está concentrado os documentos relacionados aos produtos, como as principais dúvidas, manuais e documentação. São mais de 1.600 documentos que ajudam os clientes fornecendo informações que os auxiliam na utilização dos softwares.
Badaró falou, também, sobre a preocupação da Avanço Informática em ofertar aos clientes os treinamentos sobre suas ferramentas. Eles acontecem dentro da sede da Avanço, abordam temas pontuais do varejo, e ajudam muito os varejistas que participam. “O intuito é fazer com que os clientes e fornecedores potencialize o uso das ferramentas com a capacitação, facilitando o dia a dia em sua loja”, reforçou Adilson.
Abaixo, veja o compilado das palestras que aconteceram no 8º Encontro de Gestores:
Seguindo a programação, Bruno Silva, superintendente de operações do Supermercado Superluna, iniciou o ciclo de palestras sobre prevenção de perdas nas empresas. Bruno trouxe para os participantes dados sobre o SuperLuna, mostrando como as ações de prevenção de perdas podem ser feitas em empresas que sejam de pequeno, médio e grande porte. Ele exemplificou, em dados, que o faturamento líquido total do varejo no ano de 2017 foi de 1,52 trilhões de reais. Diante da média de perdas no varejo, de 1,29%, significa que o setor teve um prejuízo no total de 19,58 milhões de reais. Detalhadamente, Bruno Silva apresentou quais são os motivos responsáveis por essas perdas. Dentre elas, o principal fator contribuinte é o produto vencido, representando quase 43% de participação no mapa das avarias. Ao analisar o tipo das perdas, Bruno destacou que os principais são as quebras operacionais, os furtos externos e os erros de inventário e administrativos. Juntos, eles representam mais de 80% do cenário de perdas atual do varejo. Além disso, ele destacou reais razões para implantar a prevenção de perdas no negócio, como dificuldade para aumentar as vendas, competitividade de mercado, redução de margem de lucro e “olhar” melhor para os processos. Para ele, pequenas ações dentro desses tópicos podem mudar muito o cenário de perdas de cada loja.
Veja o cenário ideal mostrado pelo superintendente do Superluna para que a prevenção de perdas seja feita com eficiência:
Bruno Silva concluiu que, para implantar o método de prevenção, primeiro, é importante identificar quais são as perdas do varejista. Depois, precisa-se do apoio dos colaboradores para montar o plano de ação. Dito isso, ele ressalta que implantar um departamento de perdas é bem simples e traz resultados significativos dentro empresa. A prevenção de perdas relaciona-se, portanto, com as boas práticas de questões operacionais. Por isso, é importante estar bem atento a este processo.
A questão de comprar melhor é bem pontual para os supermercadistas. Por essa razão, também foi um dos assuntos abordados no encontro. Trazendo maneiras para melhorar o setor de compras, Ricardo Dutra, gerente comercial da Rede de Supermercados Super Sô e Leonardo Machado, gerente de projetos na Avanço Informática, mostraram experiências reais vivenciadas pelos varejistas no seu dia a dia.
Ainda falando sobre a centralização de compra dos produtos, Ricardo Dutra expõe como foi o processo no Super Sô. Para ele, a sua gestão do estoque melhorou muito, porque fica mais organizado para todos os funcionários acessar. Além disso, é uma estratégia de mercado, principalmente para aqueles que estão localizados no interior e têm dificuldade de acesso. Aumenta a capacidade, visto que consegue-se comprar um volume maior do fornecedor. Como complemento disso, ele falou sobre a importância da automatização dos processos. A modificação da forma que trabalha associada à ferramentas que consigam colaborar com maior produtividade do setor de compra é um desafio que pode ser vencido pelo supermercadista.
Leonardo ainda falou sobre o Novo Cotação, ferramenta que visa melhorar as possibilidades de compra do comprador. Com o Novo Cotação, que chega cheio de melhorias para atender melhor o supermercadista, o processo se torna mais ágil, consegue-se comprar melhor e mais barato, além de controlar de maneira mais eficaz o seu estoque. Todos os aspectos trabalhados permitem que a gestão seja, cada vez mais, eficaz, o que gera ganhos significativos para o negócio.
Apresentando o Farol de Preços, Gabriel Junqueira fala sobre a necessidade de o mercado estar mais conectado entre si. Diante dessa perspectiva, ele mostra o resultado da pesquisa feita pelo InfoVarejo, em que foi perguntado aos supermercadistas se saber o preço médio de compra dos produtos que ele tem em sua loja poderia contribuir no processo de compra dele. A ideia é pensar na força que mais de 600 lojas de supermercados que a Avanço tem em sua base de cliente e, a partir disso, tornar o varejo cada vez mais forte, trazendo inúmeros benefícios para o setor. Para exemplificar como pode ser útil ter essas informações em mãos na hora da compra, Hugo Marconi, Diretor do Almeida Atacarejo, se juntou ao Gabriel para falar sobre as dificuldades enfrentadas no dia a dia dos compradores. Para Marconi, a ferramenta Farol de Preços consegue fornecer ao comprador informações detalhadas sobre a sua compra, de modo com que ele saiba se está comprando bem ou mal e, ainda, se o preço oferecido a ele é a média do mercado. Gabriel acrescenta que, hoje, utilizar toda a facilidade de acesso às informações pode agregar muito mais ao negócio.
Basicamente, é uma ferramenta que disponibiliza as informações de compra do mercado, filtradas por região, e consegue entregar a referência do preço de compras do produto. Gabriel reforçou que O Farol de Preços ainda está em construção e que o objetivo é aprimorar essa ferramenta ao longo do tempo. Gabriel e Ricardo afirmam que ter essas informações pode ampliar a capacidade de negociação do comprador, o que consegue fortalecer o seu tipo de negócio.
Iniciando o período da tarde, Guilherme Belotto, sócio da Sled, abordou durante o evento sobre as novas maneiras de troco no varejo. De acordo com o Banco Central, 35% das moedas emitidas no país estão fora de circulação. Isso faz com que o varejista se sinta preocupado com a forma de dar troco ao seu consumidor. Ademais, Guilherme trouxe algumas colocações de clientes em sua apresentação. Para eles, não dar o 1, 2 ou 3 centavos de troco é uma maneira do mercado de enganá-los, mesmo que não seja diretamente. Então, diante da falta de moedas no mercado aliada à insatisfação dos clientes em não receber as moedas do troco, foi necessário ver meios que pudesse resolver as duas questões. Guilherme mostrou que, em uma sociedade cada vez mais conectada, pensar em meios digitais para se resolver a questão do troco pode descomplicar muito a vida do varejista. Para isso, ele apresenta a ideia da Sled, que traz a digitalização do dinheiro com o intuito de simplificar as transações financeiras entre o varejo e os consumidores.
Guilherme destacou as principais vantagens com a adesão a essa ferramenta:
O mundo tecnológico põe como demanda a agilidade e praticidade. Pensando nisso, a ideia da digitalização do dinheiro atende a esses requisitos. Por isso, a Sled pensou em fazer com que a ferramenta fosse simples, de modo que o seu principal objetivo seja cumprido: sempre facilitar a relação entre varejo e consumidor.
O troco pode ser convertido em recargas para celulares, transferido para a conta bancária ou ficar acumulado no aplicativo. O cliente consegue escolher entre várias possibilidades. O troco digital é novo, seguro e muito simples!
Seguindo, Ronaldo Ferreira, Gestor de Energia da Siemens Brasil, fala sobre as possibilidades para reduzir a conta de luz da loja. Ele iniciou a palestra mostrando conceitos importantes para compreender o sistema elétrico, depois, mostra detalhadamente como é composta a tarifa e quais as possibilidades para que a economia da conta de energia seja feita. Ronaldo falou sobre os dois tipos de mercado deste ramo, que é o mercado cativo e mercado livre. O primeiro, tem apenas a distribuidora e o consumidor cativo. Nesse segmento, os consumidores são cobrados por tarifas de energia da distribuidora da região que ele pertence. No mercado livre, existe o consumidor que busca a alternativa que mais se enquadra ao seu perfil. Nele, os consumidores negociam livremente com os fornecedores os preços e as condições do fornecimento da energia.
No case apresentado, ele citou um cliente hipotético que consome mensalmente 50.000 kWh, com o valor da conta mensal de R$ 41.152,00. Ele transita entre as opções existente no mercado para que ele pudesse reduzir o preço da tarifa. As opções expostas por Ronaldo foram:
Ronaldo destacou que, hoje, para reduzir os custos, é importante buscar alternativas no mercado, pois as possibilidades são várias. Escolher um profissional para fornecer orientações e ajudar a escolher o meio mais adequado para o negócio é fundamental.
Seguindo o 8º Encontro de Gestores, Alcides Junqueira e Ronaldo Lucinda, diretores da Avanço, falaram sobre a implantação da NFC-e em Minas Gerais e como os supermercadistas podem evitar quaisquer prejuízos ao iniciar sua operação na loja. Alcides pontua a necessidade de se ter uma infraestrutura preparada para emitir a NFC-e e discorre sobre as obrigações necessárias para que ela seja implantada, como aquisição de impressora, credenciamento, instalação do certificado digital no PDV e armazenamento dos dados XMLs. Nos dados trazidos sobre a NFC-e em MG, viu-se que ainda há muitas notas emitidas em Contingência off-line ou rejeitadas. Embora seja uma opção disponibilizada pela SEFAZ, e consiga resolver o problema momentaneamente na loja, a emissão de notas em contingência, por exemplo, gera custos ao varejista.
Além de Alcides, Ronaldo ressaltou a necessidade de investir em uma internet de qualidade para que não haja problemas com a emissão da NFC-e e precise operar em contingência ou ter notas rejeitadas. Tudo isso pode gerar mais custos à loja, como mencionado anteriormente. Por fim, os dois pontuam a necessidade de ter um software de gestão eficaz, que consiga garantir desde a emissão rápida das notas até a guarda das mesmas.
Veja abaixo os principais tópicos que devem ter a atenção do varejista para evitar transtornos na loja:
Como, agora, todo o processo é realizado via software, ter ferramentas que evitem transtornos ao varejista e, principalmente, ao consumidor, pode torna muito mais fluido o processo de implantação da NFC-e.
Terminando o 8º Encontro de Gestores, Fernanda Pedroso, Consultora de Vendas da Mercafácil, falou como a Gestão de Clientes pode aumentar as vendas do varejista. Fernanda pontuou a necessidade de conhecer qual é o perfil do cliente que frequenta a loja. Ela trouxe uma pesquisa da Mercafácil que teve como objetivo identificar qual o percentual da perda de clientes no comércio varejista. De acordo com os dados apresentados, em média, o varejo, perde 32% de seus clientes ao ano. Em números, uma loja de 500m² à 1.500m², isso representa a perda de R$750.000 a R$2.300.000 por ano! Logo, ver ações que façam esse número diminuir é fundamental no negócio. E a melhor forma de começar a fazer isso, é conhecer o cliente que frequenta a loja.
Para diminuir o valor mencionado acima, Fernanda fez alguns apontamentos como solução:
Fernanda desenvolve, então, o último ponto, que é a perda e rotatividade de clientes nas lojas. E como proposta, ela mostra como a Gestão de Clientes pode solucionar essa dificuldade enfrentada pelo mercado. Entender quem é o cliente, o que ele compra, com qual frequência, onde ele mora, contribui na montagem de um trabalho mais objetivo para fazê-lo comprar mais. Fernanda colocou três pontos para realizar a gestão de clientes: construir a base, gerar análises/insights e propor ações.
Para mais, ela levanta aspectos importantes para que a gestão de clientes seja efetiva:
Fernanda mostrou uma opção para a captação de clientes, o clube de descontos. Ele funciona com dois tipos de preço, um para quem não faz parte do clube, o outro, para quem faz. Dessa forma, o objetivo principal é cadastrar o máximo de clientes que conseguir, e para realizar isso, é preciso mostrar o quanto é vantajoso estar dentro do clube. Isso posto, oferecer vários meios como alternativa de cadastro pode fazer com que um maior número dos consumidores sejam alcançados. Seja por aplicativo, cartão de desconto ou até mesmo pelo CPF. Esse último é bem simples e consegue trazer retorno significativo para o comércio. Fernanda ressaltou a necessidade de treinar os colaboradores, tanto para selecionar os produtos que irão para o clube quanto para abordar o cliente, pedindo a identificação do mesmo. Ter profissionais treinados faz total diferença nas práticas para conhecer o cliente, afirma Fernanda.
Por fim, a consultora alertou ainda sobre a necessidade de interligar os dados dos clientes ao ERP da loja para que, assim, a coleta de dado seja feita de maneira eficaz. “Esse é um ponto importante na hora de mapear os dados colhidos”, declarou Fernanda. Outrossim, ter um especialista dentro da loja para organizar todas as etapas de Gestão de Clientes torna esse processo mais facilitado e objetivo, o que possibilita que o lojista alcance melhores resultados rapidamente.
O 8º Encontro de Gestores foi um dia intenso de muita troca de conhecimento. Acreditamos em um varejo mais forte, e isso só é alcançado por meio da troca de informações e experiências
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