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Alfa, Geração Z e Millennials, diferenças e impacto no seu negócio

Escrito por Gabriel Junqueira | 12/09/2024
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Tempo de leitura: 11 minutos

A última guerra intergeracional, entre as gerações Alfa, Geração Z e Millennials, já está aqui e provavelmente você já viu muitas coisas sobre nas suas redes sociais. Os Zoomers (também conhecidos como Gen Z) olharam para sua rede social favorita, TikTok , para declarar guerra aos millennials, ou mais precisamente, à cultura millennial, considerada cringe.

Atualmente, é muito comum tratar Alfa, Geração Z e Millennials como sendo da mesma geração. Este é, no entanto, um equívoco. Vamos te mostrar o porquê ao longo desse artigo.

Geracao Z e Millennials Entenda as Diferencas e o Impacto no Seu Negocio

Antes de tudo, por que é importante entendermos as gerações? 

Por causa do seu comportamento de compra, por ditarem tendências e, obviamente, serão seus consumidores em breve. Além de, com a velocidade das informações pelas redes sociais, influenciarem o mundo. 

Vale lembrar que essas não são as únicas gerações. Antes delas temos os Baby Boomers, que nasceram durante um pico na taxa de natalidade nos anos após a Segunda Guerra Mundial até o início dos anos 60, e a Geração X, também conhecida como “geração MTV”, nascidos entre o início dos anos 60 até o início dos anos 80.

Para melhor visualizar:

  • Baby Boomers – nascidos entre 1944 e 1964;
  • Geração X – nascidos entre 1965 e 1979;
  • Millennials (Geração Y) – nascidos entre 1980 e 1994;
  • Geração Z – nascidos entre 1995 e 2015;
  • Alfa – nascidos entre 2010 e 2025.

Alguns autores e estudos se contrapõem em relação à definição exata das datas, mas as variações não passam de 3 anos.

Nesse artigo focaremos nas diferenças entre as três últimas gerações. 

Geração Y

Em 2020 os Millennials estão na faixa etária entre os 26 e 40 anos. Em grande parte, essa geração cresceu no início de uma crise financeira global e em meio a uma grande aceleração na tecnologia digital. 

É uma geração definida como um grupo mais diversificado e socialmente liberal do que os nascidos nas gerações anteriores. 

Os Millennials, em 2020, já não são as pessoas que estão na faculdade. Eles já estão há vários anos em suas carreiras e já começaram a constituir a própria família.  

Apesar de estarem na vida adulta, se comparados com as gerações anteriores, os Millennials estão um pouco atrás. 

Poucos alcançaram marcos como casamento, propriedade privada e paternidade. Muitos, inclusive, ainda moram com os pais e não veem isso como algo negativo. 

Apesar de parecer ganhar mais do que as gerações anteriores, a geração Y não tem muita renda disponível. 

De outra forma, atualmente tudo custa mais caro, portanto, mesmo com os salários mais altos eles ganham comparativamente menos. 

 

 

O que os Millennials querem?

47% dessa geração afirma que a internet é a única coisa que eles não podem viver sem. 

Por que esse canal atrai tanto a Geração Y? 

Porque a internet entrega o que eles querem!

  1. Sentir-se parte de uma comunidade;
  2. Se divertir;
  3. Ter mais controle sobre o que se relaciona; 
  4. Confiar e acreditar nas marcas e nas causas que eles apoiam.

O impacto de estabelecer um relacionamento via mídia social é enorme.

Assim, entrar nas redes sociais é um fato inquestionável. Se você ainda não o fez, está perdendo vendas. 

A geração Y prefere comprar produtos e recursos e, normalmente, têm pouca paciência para serviços ineficientes e ruins. 

Dessa forma, a confiança em grandes marcas, com histórico superior, como Apple e Google, é inquestionável. É onde se tem a certeza dos melhores produtos, com a mais avançada tecnologia e garantia. 

Além disso, é uma geração que sempre busca ferramentas digitais para ajudar a gerenciar suas dívidas e rotina. Os millennials querem parceiros que ajudarão a orientá-los para grandes compras. 

Padrões de consumo da Geração Y

De modo geral, os Millennials gastam mais do que as gerações anteriores, especialmente quando se trata de hábitos alimentares, como comprar um café mais caro ou comer fora. 

 Veja, abaixo, alguns hábitos de consumo dessa geração:

  • Os Millennials representam 54% das compras online;
  • 22% da Geração Y usa aplicativos para comprar mantimentos;
  • 63% concluem as transações em seus smartphones;
  • 83% não se preocupam com segurança durante as compras online;
  • 60% preferem comprar marcas genéricas;
  • 40% analisam avaliações e depoimentos online antes de comprar qualquer produto;
  • 60% permanecem fiéis às marcas que compram; 
  • 81% da geração Y espera que as empresas se comprometam publicamente com causas beneficentes e de cidadania;
  • 74% mudariam para um varejista ou marca diferente se tivessem uma experiência negativa no atendimento recebido.

Os Millennials preferem experiências a ótimos produtos e bens de consumo. Eles preferem gastar o dinheiro com o viver do que com o possuir.

Por isso, marcas que oferecem uma experiência única e um ótimo atendimento ao cliente tendem a se destacar.

Uma empresa que entendeu e acompanhou essa mudança foi a Starbucks, que tem feito o possível para não vender apenas café, mas fornecer algo mais, experiência. 

Há uma razão para que a Starbucks tenha várias tomadas elétricas, Wi-Fi gratuito e cadeiras confortáveis, eles vendem uma experiência de qualidade. O café é apenas algo adicional. 

Normalmente um café custa R$ 1,50, mas as pessoas pagam R$ 6. A razão para isso é que a empresa agrega uma experiência agradável por trás do café. Por isso, a Starbucks percebeu que apenas vendendo bebidas não conseguiria liderar o setor. 

O impacto dessa geração na economia será significativo, isso significa que eles também têm o poder de afetar seus negócios. 

Os Millennials e o consumo da mídia

Para a geração Y, o relacionamento de mídia social vem antes da compra. 60% dos Millennials negociam com uma marca que seguem e 59% seguem a marca antes de fazer a compra. 

Eles assistem à programação 4x mais via dispositivos conectados à TV. Porém, eles assistem 27% menos a televisão tradicional. 

Isso significa que, cada vez mais, serviços de streaming como Netflix e videogame são digeridos. 

Além disso, essa geração concentra a atenção em mais de uma tela por vez. 

Apenas 2% troca de canal durante os comerciais, enquanto 92% usam uma segunda tela durante os mesmos. 

Ainda, 58% dos consumidores não se importam com publicidade, eles sabem que é ela que mantém as redes sociais que mais utilizam. Porém, 84% não gostam de publicidade tradicional e não confiável. 

Ou seja, é hora de mudar!

Geração Z

A Geração Z é marcada como uma geração que desafia estereótipos e dita as próprias regras. 

Nascidos entre 1995 e 2015, a geração Z representa em torno de 25% da população mundial. 

Não há dúvidas de que seu maior foco precisa ser nessa geração, ao mesmo tempo, eles farão você reinventar sua forma de vender. 

Para conquistar a Geração Z você precisa bem mais do que uma loja física, um site e suas contas nas redes sociais. 

Para essa geração, simplicidade, comunicação, ecologia e valores é o que define a marca a ser consumida. 

A geração Z nasceu em meio a desastres ecológicos e incertezas do futuro. Isso faz com que o que as marcas defendem conte muito no momento de escolha. 

Apesar de ser uma geração individualista e dividida, essa é a geração mais diversificada da história, definida pela tecnologia, fluidez e união de diferentes culturas. Para eles, diferença não é algo que assusta, muito pelo contrário, atrai. 

 

 

O que a Geração Z quer?

Essa geração busca marcas que deem valor ao indivíduo e que tenham propósitos. 

Não é apenas comprar, eles querem saber de onde vem e quem fez esse produto. Eles esperam que as empresas promovam a inclusão e a igualdade de oportunidades em tudo que fazem. 

Não comprar de marcas que não compartilham dos mesmos valores não é mais um problema. 

Essa também é a geração do “Faça você mesmo”.

Se não compactuam com os ideais da marca, se os produtos estão muito caros ou se a marca X fica em outro país, não tem problema. Eles assistem um tutorial no YouTube e colocam a mão na massa, ou então compram o item de segunda mão, o que também é uma tendência.

Para eles, os restaurantes também devem atender todos os tipos de consumidores, carnívoros, vegetarianos e celíacos.  

O consumidor da Geração Z precisa ser conquistado. 

Padrões de consumo da Geração Z

A geração Z busca constantemente a verdade e, portanto, valoriza a expressão individual e evita rótulos. 

  • 66% dos compradores da Geração Z querem que as marcas vendam produtos de alta qualidade;
  • 45% escolhem marcas que são ecologicamente corretas e socialmente responsáveis;
  • 61% da geração Z prefere marcas que oferecem proteção e armazenamento de dados seguros;
  • 43% preferem marcas que fornecem termos e condições claros de como eles usarão suas informações;
  • 65% tentam aprender a origem das coisas que compram, incluindo de onde é e de que é feita;
  • Mais de 98% prefere fazer compras em lojas físicas;
  • Menos de um terço da Geração Z se sente à vontade para compartilhar dados pessoais, além de informações de contato e histórico de compras;
  • 56% desejam que a experiência na loja seja divertida, para que não fiquem entediados;
  • 48% esperam poder trocar ou devolver itens comprados on-line na loja;
  • 66% dizem que visitariam mais uma loja se pudessem verificar a disponibilidade do item com antecedência;
  • 44% desejam que as marcas usem realidade aumentada ou realidade virtual para aprimorar a experiência de compra;
  • 52% usam seus smartphones nas lojas para procurar produtos em outras lojas para comparações de preços.

Ao contrário do que você imagina, a maioria da geração Z prefere fazer compras na loja. Uma razão pode ser a falta de acesso a cartões de crédito para fazer compras on-line, preferem utilizar cartões de débito ou dinheiro. 

Outra razão, é a de valorizar o momento de compra como uma experiência, e claro, postar nas redes sociais.

Afinal de contas, fazer postagens dentro da loja e com a sacola na mão é bem mais interessante do que tirar o print do site em que se está comprando.

A Geração Z e o consumo da mídia

Essa, sem sobra de dúvidas, é a geração mais conectada. Nascidos em meio ao mundo virtual, eles não conhecem o mundo sem internet.  

A Geração Z, em média, recebeu seu primeiro celular aos 10 anos de idade. A maioria cresceu brincando com os celulares ou tablets. Cresceram em um mundo hiperconectado, o que faz com que o smartphone seja o método preferido de comunicação.

No entanto, é importante observar que os membros da Geração Z não são cegados pelos “sinos e assobios” tecnológicos de qualquer canal de compras. 

Essa geração possui uma sede incessante por conteúdo e as redes sociais, como Instagram e Twitter, são formas de abastecer essa necessidade. Eles passam, em média, 3h por dia em seus dispositivos móveis

A geração Z não quer dívidas. Assim, os cartões de débitos e o mobile banking são os métodos de compra mais consumidos. Mais de 50% não ingressam em uma agência bancária há pelo menos três meses. 

Como conquistar a Geração Z?

O primeiro passo é utilizar as redes sociais, mas sem uma enxurrada de informações do mesmo. 

Invista em um ciclo de feedback. Os clientes devem poder escolher com que frequência querem ser procurados pela sua empresa e qual o tipo de oferta gostaria de ouvir. 

Obtenha dicas de sites de comércio eletrônico de produto único e concentre-se nos principais atributos e informações do produto. 

No nível mais básico, se o cliente for imediatamente sobrecarregado pelas ofertas do produto, é menos provável que ele se converta.

Assim, recomenda-se às empresas que analisem mais de perto o marketing mais inclusivo e busquem causas que os consumidores da Geração Z cuidam.

A primeira coisa que os consumidores da geração Z fazem é ver se as ações de uma empresa correspondem aos seus ideais. 

Com a tecnologia e as redes sociais, eles encontram rapidamente tudo o que há para saber sobre uma marca e desenvolvem um forte ponto de vista sobre ela.

Essa geração é muito auto-reflexiva ao escolher lojas e produtos. Cerca de 48% valorizam marcas que não classificam itens como masculino e feminino, por exemplo.

Eles não se importam em pagar a mais para ter um produto personalizado, que destaque sua individualidade. 

Suas prioridades estão na experiência básica de varejo: disponibilidade de produtos, produtos de qualidade e serviço eficiente. Eles podem ser influenciados desde que qualquer item diferente melhore a experiência de compra.

As empresas precisam ser flexíveis para atender a demanda por esses produtos e equilibrá-los com a produção em massa. 

Não se esqueça, a Geração Z quer experiência, se sentir único, mas, ao mesmo tempo, saber que a sua marca se preocupa e atende o todo.

Curiosidade: o que é Cringe?

Provavelmente você deve ter escutado bastante essa palavra na última semana, já que ela viralizou nas redes sociais e pipocou junto com as diferenças entre a Geração Z e os Millenials, que são os cringes (de acordo com os mais jovens), mas você sabe o que é Cringe?

De acordo com o Urban Dictionary, cringe é quando alguém faz algo, ou é tão embaraçoso ou estranho que você se sente extremamente envergonhado e/ou constrangido. Ou seja, cringe é a famosa vergonha alheia.

Geração Alfa

Com mais de 2,8 milhões de membros nascendo globalmente a cada semana, é hora de olharmos mais de perto o que faz a Geração Alfa, ou Geração Alfa, funcionar. Os jovens dos 6 aos 16 anos de hoje crescem num mundo marcadamente diferente das gerações anteriores – o resultado de algumas das mudanças mais radicais e rápidas de sempre nos movimentos sociais e culturais.

A Geração Alfa compreenderá o grupo demográfico nascido de 2010 a 2025, sucedendo à Geração Z. Esta geração é a primeira a nascer plenamente no século 21 e está frequentemente ligada à Geração Y, já que a maioria dos membros da Geração Alfa têm pais millennials; como tal, às vezes são chamados de “mini millennials”.

Espera-se que a Geração Alfa chegue a cerca de dois mil milhões até 2025, com a Índia preparada para ter a maior população de Geração Alfa, seguida pela China e pela Indonésia.

O que a Geração Alfa quer?

Comumente chamados de “ninjas digitais”, a Geração Alfa foi exposta ao aprendizado remoto devido a COVID-19, acelerando o cronograma de adoção da tecnologia. Quarenta e três por cento dos Alphas possuem tablets antes dos seis anos de idade e 58% possuem um smartphone aos 10 anos.

O desejo da Geração Alfa pelo melhor em tecnologia supera em muito o da Geração Z. De acordo com Razorfish, 63% dos Alfas valorizam tê-lo, enquanto apenas 31% da Geração Z o desejam. Os Alfas querem recursos futuristas, como um holograma 3D em seus telefones, mas os da Geração Z se concentram mais na durabilidade.

As marcas precisam dar o seu melhor se quiserem chamar a atenção da Geração Alfa. Isso significa oferecer uma experiência envolvente e contínua que resistirá aos olhos escrupulosos desses ninjas da tecnologia.

O YouTube é o caminho mais popular da geração Alpha para a descoberta de produtos

Crianças e adolescentes assistem mais de uma hora de YouTube todos os dias, e 51% dos Alphas descobrem marcas pela primeira vez no YouTube.

Devido à sua adoção digital acelerada, a Alpha também está interessada em marcas maduras. A Geração Z e a Geração Alfa têm gostos quase idênticos em marcas como Amazon, Apple, Nintendo e Target, diz Razorfish.

A Geração Alfa dá grande ênfase aos seus valores

Apesar de seus fortes apegos à tecnologia, a Geração Alfa está fazendo um trabalho louvável ao criar um equilíbrio entre tecnologia e vida real.

Eles são capacitados pela tecnologia, e não dependem dela. A Geração Alfa dá grande ênfase em sair de casa, conectar-se com seus colegas e permanecer fiel a si mesmo e a seus valores.

Se quiser se conectar com a Geração Alfa em um nível mais profundo, você precisa ser o mais autêntico e genuíno possível. Usar conteúdo gerado pelo usuário irá ajudá-lo a conseguir isso porque você estará promovendo as opiniões reais de seus clientes.

Você também deve considerar a criação de campanhas que enfatizem a fidelidade a realidade, como campanhas que utilizem modelos reais e fotos sem retoques.

 

Alfa, Geração Z e Millenials querem Omnicanalidade

O varejo “omnichannel” é imersivo. Ou seja, é colocar o seu cliente, e não o seu produto, no centro. 

Pense em como a geração Z e a Alfa cresceram, imersas no mundo virtual. 

Assim, eles não aceitam e não conseguem entender que sua loja física seja diferente da sua loja virtual, é tudo a mesma coisa, é sua marca. 

Trata-se de se comunicar de maneira única, independente do canal, comunicando o propósito da sua marca e dos seus produtos.

É fazer com que os clientes possam comprar onde quer que estejam, mas mais do que isso, em qualquer momento. 

Atualmente, a jornada de compra do consumidor tem vários pontos de contatos com os canais, o cliente pesquisa online, segue a marca na rede social, mas compra na loja física, por exemplo. Você passa a não tratar mais os canais como métodos independentes, mas sim parte de um todo.

Em resumo, o omnichannel remove os limites entre os diferentes canais de vendas e marketing para criar um todo unificado e integrado. As distinções entre canais – no local, social, celular, e-mail e mensagens instantâneas – desaparecem como uma única visão do cliente e também uma única experiência da marca.

Por que entender os Alfas, Geração Z e Millennials?

Esse artigo reitera a necessidade de se envolver e entender os Alfa, Geração Z e Millennials, grupos de clientes cada vez mais importantes e que ajudarão sua loja a moldar o futuro. 

Em resumo, o que eles querem é propósito e experiência, sempre, claro, se preocupando com os valores passados e defendidos pelas marcas.

À medida que as gerações Alfa e Z entram no mercado de trabalho, seu poder de compra aumenta. Por isso, você não pode se dar ao luxo de agir e tentar vender da forma tradicional. 

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