Nos últimos meses, os consumidores de energia elétrica perceberam um considerável aumento na conta de luz. De fato, as revisões tarifárias ocorridas este ano resultaram em aumentos que devem impactar de forma expressiva as despesas. O alerta vermelho disparou, principalmente nas empresas em que o consumo de energia elétrica figura como uma despesa relevante perante a margem de lucro. Estas atuam em mercados competitivos, nos quais o preço tem grande influência na decisão dos consumidores, como o caso do setor varejista.
O valor do reajuste variou de uma distribuidora para outra, pois o processo de revisão considera características específicas de cada uma. Mas, em geral, o aumento na conta de luz foi expressivo. Alguns exemplos são os casos da Elektro (SP) que apresentou reajuste médio de 24,42%, da Enel Distribuição Rio (RJ) que apresentou reajuste médio de 21,04%, da Cemig (MG) que apresentou reajuste médio de 23,19% e da Forcel (PR) que apresentou reajuste médio de 29,86%. Para descobrir o reajuste aprovado para a sua distribuidora, basta acessar o site http://www.aneel.gov.br/sala-de-imprensa.
Apesar dos processos de revisão tarifária ocorrer em média somente a cada 4 anos, dependendo do contrato de concessão de cada distribuidora, anualmente são aplicados reajustes para reestabelecer o poder de compra das concessionárias. Assim sendo, nos últimos anos o preço da energia elétrica subiu em taxas expressivamente acima das taxas de inflação. Uma análise realizada pela equipe da Illuminatus Energia mostra que os consumidores de Minas Gerais, por exemplo, perceberam um aumento na conta de luz de aproximadamente 88,85% de abril de 2013 a maio de 2018, enquanto o índice IPCA acumulado no período foi de aproximadamente 32,30%.
O impacto imediato do aumento na conta de luz para o varejista é a diminuição da margem de lucro. Afinal, as despesas com energia elétrica tradicionalmente representam uma das maiores despesas operacionais do varejo. Esse impacto é sentido principalmente nos supermercados. Já que, além de utilizar de forma intensiva energia elétrica para iluminação e climatização, eles trabalham com produtos refrigerados que apresentam alto consumo de energia.
Algumas associações do setor apontam que em 2015 a energia elétrica já figurava como a segunda maior despesa em algumas redes supermercadistas, somente atrás da folha de pagamento. Além disso, a Associação Paulista de Supermercados afirma que em 2016 as despesas com energia elétrica representavam 1,7% do faturamento do setor.
O aumento das despesas operacionais acarretam em aumento no custo dos produtos vendidos, resultando em diminuição na margem de lucro. Diante disso, o varejista que aumentar os preços pode ter diminuição da competitividade e, portanto, da receita. A alternativa é diminuir os custos operacionais, o que, caso não seja realizado com cuidado, pode prejudicar a qualidade do serviço e por consequência também impactar a receita.
Felizmente existem formas efetivas de diminuir as despesas operacionais, sem colocar em risco a qualidade das operações do seu empreendimento varejista. Especialmente em relação às despesas com energia elétrica, são oferecidas no mercado diversas formas de controlar esse gasto, possibilitando um melhor posicionamento da sua empresa no mercado. Entenda melhor em nosso próximo artigo “Como reduzir os gastos com energia elétrica no varejo”.
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