Uma das premissas do varejo é: Não podemos olhar para frente sem antes olhar para trás. Antes falávamos nos 6 Ps (produto, ponto, preço, promoção, percepção e pessoa).
Toda estrategia de venda se a dava a partir dos produtos, projetar demanda em cima do passado, do histórico, dos dados de vendas. Agora, cada vez mais, é necessário focar em pessoas na loja, nos hábitos de compras. Isso é a ciência do consumo.
É preciso pensar: quais são os novos hábitos de compras?
Descubra:
A população está envelhecendo, isso é um fato. Em 2030 a população de pessoas de meia-idade e idosos será a maior no país. Mas como esse dado influencia nas suas vendas?
Peguemos como exemplo uma senhora, viúva e que mora sozinha. Essa mulher cozinhou a vida inteira, todos os dias, para os filhos e depois para o marido, o cozinhar era um ato afetivo. Agora, ela vai querer fazer isso diariamente? Não! E isso já é algo que está interferindo nas vendas dos supermercados.
O volume de vendas de pratos prontos para o consumo cresceu 30%. Mas não é qualquer prato pronto, ela quer encontrar pratos prontos frescos. Ela não quer produtos industrializados, ela quer pequenas embalagens frescas.
Outro fator que interfere nas vendas é o tamanho das famílias, as famílias estão ficando menores, famílias não convencionais, sem filhos.
Essa mudança acontece até estruturalmente, os domicílios também estão menores. Como isso impacta o supermercado? Produto de limpeza diminuiu o consumo em 16%. Se você não tem demanda, não adianta ter o produto.
Antes, os animais eram tratados como animais de proteção, cães de guarda, depois foram tratados como pets e agora tomaram o lugar de filhos. Mas por que tratar os animais de estimação como filhos interfere no varejo? Porque com filho o consumidor gasta mais.
Atualmente, as casas brasileiras já tem, em média, 2 animais por domicílio. O volume de vendas dos produtos pet em supermercados cresceu 34% em 2022.
Alguns pontos são importantes para o consumidor de hoje, um deles é a preocupação com o meio ambiente, mas, além dele, tem a acomodação e agilidade. As pessoas querem menos tempo nas filas, mas, ao mesmo tempo, querem conforto. Por exemplo, esse consumidor não vai usar o self-checkout, porque enquanto o operador de PDV passa as compras, ele tem tempo para ficar no celular.
Outro exemplo são as lojas de conveniência de autoatendimento. Se essa loja estiver a uma distância em que o consumidor precisa pegar o carro, ele prefere dirigir 1 km a mais e ir em um supermercado com um mix maior e um preço menor.
Buscando atender todas as demandas desse novo consumidor estão surgindo as cidades de 15 minutos, em que você consegue encontrar e fazer tudo andando no máximo 15 minutos. O que leva a outro ponto facilitador.
O Omnichannel não é mais uma vantagem, é uma obrigação. A barreira entre o online e o offline não pode mais existir, sua loja precisa estar integrada a todos os canais.
A comunicação e as ofertas precisam estar integradas e serem entregues pelo canal certo.
Por isso, para o supermercado do futuro, alguns pontos são importantes:
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