A conta de luz sabidamente é um dos custos mais significativos para o setor do varejo, principalmente para os supermercados. Em 2015 a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) divulgou que as despesas energéticas foram o segundo maior custo das empresas, ficando atrás apenas das folhas de pagamento.
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A razão disso é a própria natureza do negócio, que normalmente envolve muitos equipamentos de refrigeração e também muita iluminação.
São múltiplas as maneiras do varejista reduzir essa incômoda despesa, a definição do melhor conjunto de soluções varia conforme o tipo e, principalmente, o porte do negócio. Uma das opções mais interessantes economicamente e que tem ganhado muita popularidade é o uso da tecnologia solar fotovoltaica para gerar a própria energia.
É importante ressaltar que durante o planejamento da loja, a construção dos espaços também deve ser pensada para gerar uma economia elétrica. Escolher o melhor tipo de material para a laje, portas e janelas é uma forma de garantir uma economia no futuro, pois pensar na utilização de ventilação e de iluminação natural, faz com que o varejista economize com equipamentos elétricos.
Entenda algumas possibilidades de ações para reduzir as despesas energéticas serão explicadas ao longo do artigo.
No caso de negócios que envolvem estabelecimentos de grande porte, vale a pena avaliar a possibilidade de migrar do mercado cativo de energia para o mercado livre.
No mercado livre é possível celebrar contratos de fornecimento de energia a tarifas mais baixas do que as cobradas pelas concessionárias, trazendo economia ao negócio. Para fazer a migração, é obrigatório que o estabelecimento apresente demanda mensal de contratada de pelo menos 500 quilowatts (kW). É possível somar a demanda de diferentes lojas (desde que em um mesmo CNJP) para alcançar os 500 kW.
É importante lembrar que, uma vez realizada a migração, caso deseje retornar ao mercado cativo, a concessionária tem até 5 anos para aceitar novamente o cliente. Portanto, é muito importante avaliar a fundo se essa opção é mesmo vantajosa para o seu caso, pois, em alguns casos, o preço da energia no Mercado Livre pode ser também mais alto do que o da distribuidora.
Esta opção é válida para qualquer negócio! Diversas práticas podem ser aplicadas para tornar o seu negócio mais eficiente no consumo de energia, tais como a substituição de lâmpadas comuns por LEDs, a instalação de mecanismos de automação de iluminação por meio de sensores de presença e a substituição de aparelhos elétricos por modelos mais modernos e eficientes.
Na hora de comprar equipamentos, uma maneira fácil de identificar modelos com eficiência energética é a verificação do selo PROCEL.
A eficiência energética é uma tendência global e há diversas iniciativas no Brasil neste sentido.
Todas as concessionárias de energia são obrigadas a investir anualmente no mínimo 0,5% de sua receita em ações de eficiência energética, constituindo o Programa de Eficiência Energética das Empresas de Distribuição – PEE.
Recentemente a CEMIG encerrou as inscrições para o programa CEMIG Troca seu Motor, no qual ela ressarcia em até 40% o consumidor que substituísse um motor antigo por um novo de maior eficiência.
Sendo assim, vale a pena ficar atento às chamadas dos programas de Eficiência Energética da sua concessionária!
Para os estabelecimentos de grande porte e que pagam valores distintos de tarifa para o Horário Fora de Ponta (atualmente cerca de 0,43 R$/kWh) e para o Horário de Ponta (atualmente cerca de 1,70 R$/kWh), uma opção interessante é utilizar geradores para suspender o consumo de energia da concessionária durante o Horário de Ponta, já que o valor da tarifa cobrado é altíssimo.
O uso de geradores a diesel é a alternativa mais comum, no entanto, a expansão das redes de gás natural canalizado pelos centros urbanos tem cada vez mais popularizado o uso deste segundo combustível que, além de ser menos poluente, muitas vezes apresenta-se como uma opção mais prática e barata.
Para os estabelecimentos menores e que são tarifados com um valor único independente do horário (atualmente cerca de 0,75 R$/kWh na CEMIG), uma opção interessante é a utilização de sistemas solares fotovoltaicos para suprir o próprio consumo.
Esta opção já é possível desde 2012, quando a ANEEL instituiu o mecanismo da Geração Distribuída e do Sistema de Compensação de Energia, pela primeira vez na história do país dando a chance aos pequenos consumidores de gerarem a sua própria energia.
A opção tem se mostrado tão vantajosa financeiramente que já existem mais de 10.000 sistemas em operação no Brasil.
A atratividade é potencializada para os estabelecimentos menores devido ao alto valor único de tarifa e impossibilidade de migração para o mercado livre. No entanto, principalmente devido à queda dos preços da tecnologia fotovoltaica, o uso da energia solar nos estabelecimentos de grande porte também já se mostra uma opção absolutamente atrativa.
Quer saber como reduzir os custos no seu negócio? Veja esse artigo com as 4 dicas.
Esperamos que este artigo te ajude a reduzir a conta de luz do negócio!
Acha que com essas informações é possível reduzir a conta de luz da sua loja? Deixe sua opinião nos comentários.