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Sistema em nuvem: o fim dos servidores no varejo 

Escrito por Gabriel Junqueira | 22/07/2024
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Tempo de leitura: 5 minutos

Todas as empresas querem melhorar seus resultados. É algo básico para a sobrevivência de qualquer negócio. As despesas são um alvo óbvio dessa busca pela melhoria dos resultados, e é aí que entra a infraestrutura de TI e o sistema em nuvem para o varejo.

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Há anos as lojas passaram a investir na infraestrutura de TI, sejam hardwares e softwares, para suportar sistemas e ferramentas de controle e atendimento ao cliente. Desde o processamento de vendas no PDV, até o controle financeiro e fiscal na retaguarda, demandam softwares, que, por sua vez, demandam hardwares para que eles funcionem.

Até então, todas essas aplicações ficavam literalmente dentro da loja. Os computadores utilizados pelos usuários, como também o servidor com os softwares instalados com seu banco de dados. 

Com o advento da internet, essa realidade mudou. Com o acesso à internet estável e rápida, contar com equipamentos de alto valor agregado dentro da loja passou a não fazer mais sentido. É aí que entra a nuvem.

O que é hospedagem local?

É a abordagem tradicional em que todo o software e a infraestrutura necessários para um determinado aplicativo residem internamente. Por exemplo, seu software de gestão é instalado em um computador, geralmente com um poder de processamento melhor que os computadores dos usuários, que chamamos de servidor, uma vez que ele “serve” os demais computadores conectados entre si por meio de uma rede local. Neste caso, na prática, a empresa hospeda seu próprio data center – em pequena escala.

A execução de aplicativos no local inclui a compra e manutenção de servidores e infraestrutura internos. Além do espaço físico, esta solução exige pessoal qualificado de TI para manter e monitorar os servidores e sua segurança.

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O que é Computação em Nuvem?

A computação em nuvem é um termo abrangente que se refere a serviços de computação pela Internet. Por definição, é uma plataforma que permite a entrega de aplicativos e serviços. Esses serviços incluem computação, armazenamento, banco de dados, monitoramento, segurança, rede, análise e outras operações relacionadas.

A principal característica da computação em nuvem é que você pode acessar de qualquer lugar e a qualquer hora o aplicativo que está instalado em um equipamento remoto. O provedor de serviços em nuvem também cuida da manutenção de sua arquitetura de rede, dando a você a liberdade de se concentrar em seu aplicativo.

Na prática, você utiliza uma aplicação (software) sem o ter instalado no seu computador ou em algum computador da rede local da sua empresa. No caso, essa aplicação está instalada e rodando em uma infraestrutura externa (um data center fora das dependências da empresa).

Por exemplo, seu provedor de e-mail provavelmente está na nuvem, você consegue acessá-lo de qualquer lugar, basta login e senha, recebendo e enviando e-mails, sem precisar instalar um programa de e-mail na sua máquina.

Comparação hospedagem local x sistema em nuvem

Custo e despesas 

A principal diferença entre a computação local e a computação em nuvem também é o motivo de seus modelos de preços contrastantes.

Dentre as despesas de se manter um servidor local estão:

  • Ter que comprar um hardware/computador. Dimensionar o tamanho desse hardware para não só uma demanda presente, mas uma demanda futura, porque a ideia é que o equipamento dure alguns anos.
  • Custos de atualização de hardware. Normalmente esses custos são muito variáveis, por dependerem da cotação do dólar e do mercado externo. Eventualmente, dependendo da versão de hardware que você está, pode haver incompatibilidade de equipamentos e escassez de suprimentos. 
  • Custos de aquisição de licenças de software, banco de dados e antivírus. Os antivírus utilizados em servidores tem um custo mais elevado.
  • Despesas de manutenção do equipamento. Com um equipamento na loja, naturalmente será necessário dar manutenção e ter um cuidado, o que necessita de profissionais capacitados, ou de terceirizados.
  • Pense um pouco na quantidade de processo exigidos ao se ter um equipamento servidor na loja: desde ligar e desligá-lo regularmente, até ter um plano de contingência no caso de falta de energia – que acontece regularmente no Brasil – que necessitará de nobreaks, ou em casos mais extremos, geradores. Mesmo assim, em situações como essa, o responsável pela infraestrutura deve agir imediatamente.
  • Outros processos ligados aos softwares instalados no equipamento, como atualização de versão, que pode parecer simples, mas geralmente deve ser feito de forma programada e pode culminar em problemas – quem nunca teve de voltar uma versão do programa por falhas ocorridas? 
  • Manutenções periódicas como formatação, limpeza de disco, até mesmo limpeza do equipamento.
  • Providenciar local adequado, que seja seguro, livre de umidade e poeira, que seja climatizado. 

Além de todos esses pontos, obter um servidor local requer um investimento inicial considerável que inclui a compra de servidores, licenciamento de software e contratação de uma equipe de manutenção. Ainda, a infraestrutura interna não é tão flexível quando se trata de escalonar recursos. Não usar todo o potencial da configuração resulta em custos operacionais indesejados.

Tempo é dinheiro. Todas essas atividades demandam tempo dos funcionários da loja. Com uma arquitetura em nuvem, todas essas atividades simplesmente desaparecem. Sim, agora seus funcionários podem focar em atividades que vão trazer resultados para a loja.

A computação em nuvem tem pouco ou nenhum custo inicial. A infraestrutura é do provedor, enquanto o cliente só paga mensalmente ou anualmente pelo uso dos aparelhos. Isso é conhecido como o modelo pré-pago, no qual você paga apenas pelas unidades que consumir e apenas pelo tempo usado.

Qual a segurança de um sistema em nuvem para o varejo?

Segurança é um dos aspectos mais críticos da computação local e na nuvem. É a barreira mais significativa para a adoção desses serviços. Os provedores atuais fizeram muitas inovações na proteção de suas plataformas na nuvem.

No servidor local, os proprietários gerenciam toda a segurança por conta própria. Eles são responsáveis ​​pelas políticas que adotam e pelo tipo de segurança que implementam. Portanto, o nível de segurança depende da competência e investimento da equipe que gerencia os servidores. 

Além disso, pode ser mais suscetível à perda de dados durante situações de desastre devido à sua localização interna e você não tem garantias de tempo de atividade ou tempo de recuperação.

Já o provedor da nuvem garante a segurança, incluindo segurança física. Os provedores devem fornecer medidas de segurança como controle de acesso biométrico, políticas rígidas de visita, triagem de clientes e monitoramento. Eles adicionam outra camada de proteção em caso de ataque físico.

Você já deve ter escutado algum caso de uma empresa que teve seus dados sequestrados, por hackers, não já? Imagine o prejuízo que isso causaria à sua empresa. Isso só acontece em servidores locais. E normalmente causam um estrago grande quando não há backups, pois caso haja, basta formatar a máquina e retornar com os dados. No caso das nuvens de grandes provedores isso não ocorre por segurança e, caso ocorresse, existe o backup espelhado.

Tomando a decisão

Não é à toa que o mundo migrou para a nuvem. A maioria dos grandes provedores de soluções operam em nuvem, como Facebook, Google, Amazon, Netflix, Sales Force, SAP, etc. 

No entanto, ainda muitas empresas brasileiras continuam com soluções locais. São duas as principais razões, ou ainda não encontraram o sistema em nuvem que atenda suas regras de negócios, ou realmente não tem conhecimento.

Ainda são poucas as ofertas especialistas de sistema de gestão em nuvem, mas no ramo de supermercados, por exemplo, referências nacionais já estão lançando versões para o segmento.

Os benefícios para a adoção de infraestruturas em nuvem incluem mais do que o custo e a segurança. Você pode conferir aqui! 

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