Sustentabilidade no varejo, uma preocupação dos novos consumidores e que mudará sua forma de vender.
2020, foi o início de uma nova década e com ela uma nova geração entrando no mercado consumidor. Uma geração que se preocupa mais com os princípios da marca do que com o produto em si.
Essa é a Geração Z, que consegue pesquisar sobre sua loja em 30 segundos e concluir se comparará ou não nela.
Se você quer conquistá-los e garantir seu lugar no mercado nos próximos anos, sugiro que comece a repensar as causas da sua empresa, principalmente em relação à sustentabilidade.
Por isso, o InfoVarejo separou algumas dicas para você aderir no seu supermercado e colaborar com o futuro do planeta.
Descubra:
O uso de sacolas plásticas é um dos problemas mais comuns quanto a sustentabilidade no varejo.
Não apenas não se decompõem naturalmente, mas também por serem tão leves que são frequentemente levantadas dos aterros e assopradas na água e na natureza, prejudicando diversas espécies de animais e interferindo no ecossistema.
160 mil sacolas plásticas são utilizadas por segundo e cada sacola é utilizada por no máximo 12 minutos.
Existem algumas soluções para esse problema.
Você pode, por exemplo, não disponibilizar mais sacolas plásticas e vender sacolas de papel ou deixar caixas de papelão para os clientes poderem colocar as compras.
Você pode também vender sacolas reutilizáveis, o que serve, ainda, para fazer a divulgação da sua loja, já que as pessoas utilizam essas sacolas não só para fazer compras.
Uma opção já disponível no mercado são as sacolas biodegradáveis, que podem ser jogadas no ambiente, pois a decomposição é mais rápida e não agride o planeta.
Não adianta não usar sacolas plásticas, mas colocar todos os produtos de padaria e FVL em bandejas de isopor. Só o isopor demora cerca de 150 anos para se decompor. Por isso, troque essas embalagens por sacos de papel.
Como alguns clientes preferem essas embalagens, pergunte sempre antes de embalar o produto. Dessa forma você também cria uma conscientização na população.
Uma opção também é utilizar embalagens biodegradáveis, feitas de amido de milho. Alguns supermercados como o Extra e o Pão de Açúcar já aderiram essa mudança.
Outro exemplo é a Tailândia, onde os supermercados trocaram as embalagens por folhas de bananeira.
Os cupons fiscais parecem inofensivos a saúde, não é mesmo? Não se engane, esse pequeno papel é prejudicial tanto ao meio ambiente quanto a saúde.
O cupom fiscal é um papel térmico, ou seja, não utiliza tinta. Para que a impressão saia o papel precisa ter um componente chamado Bisfenol A.
A reciclagem faz com que esse composto se dissipe e contamine outros tipos de papéis, aumentando, assim, o contato e os riscos para a saúde.
Dentre outros impactos, o contato com o Bisfenol A pode causar doenças cardíacas, câncer de mama e de próstata e infertilidade.
Além disso, só no Brasil, o papel térmico provoca o desmatamento de mais de 1 milhão de árvores.
Pergunte sempre ao consumidor se ele “Quer a notinha”, antes de imprimir o cupom fiscal. Mas a melhor opção é substituir o cupom físico pelo Cupom Verde, um cupom digital!
Muito papel e dinheiro são gastos na impressão dos panfletos de promoção dos supermercados.
Por que não disponibilizar essas promoções nas redes sociais do seu supermercado?
Ou até mesmo enviá-las por SMS ou e-mail, de maneira segregada, com base nos dados coletados.
É a oportunidade de diminuir o consumo e aumentar a eficácia das suas campanhas.
Cerca de 25% das frutas, verduras e legumes em um supermercado são jogados no lixo por questões de estética. Tomates, bananas, cenouras e maçãs deformadas são diariamente descartadas por não serem escolhidas pelos consumidores.
Alguns supermercados como o Carrefour e o Pão de Açúcar já implementaram mudanças para vender esses produtos.
É bem simples, eles colocam as verduras e frutas com formatos diferentes em uma banca separada com desconto, os clientes acabam comprando e assim, evitando todo o desperdício.
Essa é mais uma forma de varejo sustentável, utilizar fontes de energia renovável.
Uma das opções mais interessantes economicamente e que tem ganhado muita popularidade é o uso da tecnologia solar fotovoltaica para gerar a própria energia, pela viabilidade econômica e técnica, uma vez que a maioria das lojas tem um telhado com amplo espaço.
Esta opção já é possível desde 2012, quando a ANEEL instituiu o mecanismo da Geração Distribuída e do Sistema de Compensação de Energia pela primeira vez na história do país, dando a chance aos pequenos consumidores de gerarem a sua própria energia.
A opção tem se mostrado tão vantajosa financeiramente que já existem mais de 10.000 sistemas em operação no Brasil.
Uma opção mais simples é utilizar aparelhos que consomem menos energia, principalmente lâmpadas LED e refrigeradores mais novos.
Todas essas ações ajudam a reduzir a conta de luz e podem representar uma economia considerável no final do mês.
O desperdício de alimentos é um tópico muito falado nos últimos anos. Por ano cerca de 1,3 bilhão toneladas de alimentos são desperdiçados no mundo, de acordo com a FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.
As perdas geram não só prejuízos financeiros, mas também ecológicos, como é possível ver no vídeo a seguir.
Por meio de ações sustentáveis, cada vez mais clientes se identificarão com sua marca, criando fidelidade e preferência.
Um supermercado que vende meio mamão embalado em uma bandeja de isopor é motivo suficiente para a geração Z não voltar no local, além do risco de ocorrer propagandas negativas.
Essa geração não se importa de pagar mais por algo que seja sustentável, os novos consumidores gastam 10% mais em produtos que sejam sustentáveis e eles esperam que as empresas se preocupem cada vez mais com essas questões.
Essa é a geração com maior consciência ecológica que já existiu. Aproveite essa oportunidade de, além de proteger o planeta, conquistar e fidelizar mais clientes.
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