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Gestão

Entesouramento e as consequências para o varejo

Escrito por Anderson Locatelli | 01/10/2024
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Tempo de leitura: 6 minutos

Sabe aquela tradição de guardar moedas em cofrinho? Muitas famílias guardam moedas durante o ano inteiro e no final do ano trocam esse dinheiro. Às vezes visando fazer uma viagem em família ou comprar os presentes de Natal. Essa prática, também conhecida como entesouramento, parece não gerar prejuízo a ninguém, não é mesmo?

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As moedas menores, de 5 e 10 centavos, muitas vezes, são esquecidas no fundo da bolsa. Isso quando não são jogadas nos armários ou em algum potinho na cozinha, afinal, “Por que andar carregando esse peso?”. O que não pensamos é que essas duas atitudes, que parecem tão ingênuas, podem trazer consequências em larga escala para o comércio, afetando diretamente a economia nacional. Ou seja, essa prática, de guardar moedas, tem nome e tem sido um problema em vários países.

Você sabe o que é Entesouramento de moedas?

É simples, entesouramento é o ato de guardar moedas em casa. Esse ato, que superficialmente parece tão inofensivo, gera grandes consequências negativas na economia. Logo, com o entesouramento, os brasileiros tiram cerca de ⅓ de moedas de circulação no mercado. Como grande parte dos produtos no varejo tem preços quebrados, é muito difícil, arrumar formas de conseguir moedas. Enquanto a população brasileira guarda cerca de 7,4 milhões de UNIDADES em casa.

As moedas, cujo objetivo seria facilitar o troco e viabilizar transações, estão ficando cada vez mais escassas no país. Segundo o Banco Central, em 2016, foram disponibilizadas 761 milhões de novas moedas. Cerca de 11% a mais do que em 2015. Um agravante para a falta de moeda é que o valor da moeda, na maioria das vezes, não paga sua confecção. O valor da produção de moedas é maior que o de produção de cédulas. Isso faz com que a produção de moedas seja cada vez menor.

Nas Filipinas, por exemplo, – onde surgiu um mercado em torno dessa ação -, o entesouramento, se feito em grandes proporções, é ilegal. No país, o valor do cobre e do níquel é alto. Assim, muitas pessoas fazem o entesouramento a fim de derreter essas moedas e vender os metais. Com o intuito de acabar com o entesouramento, o governo das Filipinas tem buscado alternativas para inviabilizar essa prática, uma delas foi a criminalização do entesouramento.

Consequências do entesouramento para os varejistas

Receber dinheiro no comércio envolve um custo. Além de uma despesa operacional para se conseguir moedas e o risco da busca por moedas. Diante disso, as consequências diretas do entesouramento são a dificuldade de se conseguir moedas para troco e a falta desta, no mercado.

Já as consequências indiretas são as que afetam diretamente o consumidor e o lucro do estabelecimento. A falta de moedas no comércio pode ocasionar a quebra de caixa e o aumento operacional, que acabará impactando no custo dos produtos. Além disso, a falta de moedas pode gerar o descontentamento do cliente.

A falta de moeda no mercado, ocasionada na maioria pelo entesouramento, pode colocar em risco a segurança dos seus colaboradores, por exemplo. Uma das formas de se conseguir moedas para troco é tentar trocar dinheiro nos mercados próximos ao estabelecimento. Ao fazer isso, o colaborador pode ser assaltado ou até mesmo perder o dinheiro, ocasionando prejuízo para sua loja.

O entesouramento como interferência indireta na relação com os clientes

A falta de moedas também pode interferir na satisfação dos clientes. Pense na situação do seu PDV com uma fila grande e o seu caixa sem moeda para troco, até que a situação seja resolvida, a fila do caixa tende a aumentar e seus clientes ficarem insatisfeitos, podendo até mesmo desistir das compras.

A falta de moedas acaba gerando, também, o arredondamento do valor cheio da compra. O arredondamento gera prejuízos em qualquer uma das formas. No arredondamento para cima, o cliente fica satisfeito, mas gera a quebra de caixa para seu estabelecimento. De centavo em centavo, você pode ter prejuízos imensuráveis. Caso o arredondamento seja feito para baixo, além de gerar o descontentamento do cliente, é uma prática ilegal.

Lembre-se, um cliente detrator faz 73% propagandas negativas a mais do que um cliente promotor. Ou seja, cliente insatisfeito custa caro.

Saiba como calcular o custo de troco da sua loja, de forma precisa e prática.

Como fazer com que o entesouramento não afete o varejo?

A modernização do comércio e, principalmente, do varejo, é um caminho sem volta. Por essa razão, temos que começar a usar a tecnologia a nosso favor e pensar em como ela pode, então, nos ajudar a ganhar dinheiro ou, ao menos, nos ajudar a diminuir nosso prejuízo. Sabe-se que a modernização traz vantagens não só para os varejistas, mas, também, para os bancos, que seriam cada vez menos alvos de ladrões, trazendo, consequentemente, segurança para funcionários e clientes. E ainda elimina os altos custos de gerenciamento e transporte de dinheiro.

Uma das formas de não deixar o entesouramento afetar o varejo é instigar os clientes a utilizarem métodos eletrônicos e digitais para o pagamento das mercadorias. Você pode fazer isso via campanhas, por exemplo.

A forma eletrônica mais conhecida e de maior uso hoje em dia é o cartão de crédito. Deste modo, o lojista pode fazer uma promoção ou dar um desconto para pessoas que usarem o cartão de crédito no pagamento. No entanto, o ponto negativo nessa solução é que os bancos cobram uma taxa para pagamentos no cartão de crédito, você, lojista, teria um custo ao fazer esse processo.

Outra solução para a falta de dinheiro no comércio são as formas digitais de pagamento. Hoje já existem no mercado soluções que oferecem o troco de maneira digital, como a solução Sled Troco.

Mas quais os benefícios do troco digital para o varejista e para o cliente?

São muitas as vantagens para o varejista, desde a viabilização do troco para o cliente, incluindo a diminuição de fila, até a quebra de caixa. Dessa forma, a satisfação dos seus clientes é garantida.

Além das vantagens para o varejista, essa solução também oferece benefícios para o cliente.

O troco digital é um meio de acumular o troco de uma maneira segura em um aplicativo, como o app da Troco Simples, a carteira digital da Sled. Por meio do CPF do consumidor e integrado a um sistema de frente de caixa, o valor do troco se torna um crédito virtual. Além desse valor render anualmente, existem as possibilidades de o cliente transferir seu saldo para conta bancária, pagar boletos com o aplicativo, fazer recarga de celular e ter acesso a campanhas segmentadas pelo varejista.

A modernização das formas de pagamento

Pagamento com métodos eletrônicos e digitais é uma tendência mundial que só cresce. Um exemplo disso é a Suécia, um país que vem mudando de forma absurdamente rápida a forma de pagamento nos comércios. Lá, transações em dinheiro representam apenas 2% do valor de todos os pagamentos realizados. No país, “Cerca de 20% dos pagamentos efetuados no comércio varejista ainda são feitos em dinheiro. Nossa avaliação é que o dinheiro continuará a circular na Suécia até aproximadamente o ano de 2030”, disse à agência sueca de notícias TT o porta-voz do Banco Central, Fredrik Wange.

Fala-se isso não apenas por entesouramento, mas também pela modernização e pela entrada de tecnologias nos meios de transação, na Suécia. Já é possível ver muitos mercados com a placa “Não aceitamos dinheiro”. Além disso, nos ônibus do país são aceitas apenas transferências bancárias, que são realizadas antes dos passageiros entrarem no transporte. O que faz com que esse fenômeno seja cada vez mais recorrente é a legislação do país, pois, as leis suecas permitem que os estabelecimentos não aceitem dinheiro.

No Brasil, isso já não acontece, é ilegal não aceitar dinheiro no varejo. De acordo com o Tribunal de Justiça, “A recusa de recebimento de moeda em curso legal como forma de pagamento é abusiva e fere direitos básicos do consumidor”.

A melhor solução para você

De fato, não existe uma solução que acabe com o entesouramento. Sabendo disso, você pode promover campanhas, fazer com que seus colaboradores peçam moedas e notas menores, por exemplo.  Porém, deve-se ter em mente de que isso não resolverá a situação. Isso porque o aumento do entesouramento é indiretamente proporcional ao volume do fluxo digital. Isso posto, com o aumento de soluções digitais no comércio, a tendência é que a circulação do dinheiro diminua cada vez mais.

Agora, cabe a você, varejista, decidir qual a melhor solução para seu estabelecimento. Quer ficar estagnado e, por conseguinte, arriscar perder vendas e clientes ou seguir o fluxo do comércio e aderir às novas tecnologias, facilitando e viabilizando as relações entre cliente e comércio.

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